Deixar de ser o doce veneno do escorpião, não é uma das tarefas mais fáceis. Não me importo se os olhares estão vindo na minha direção, não vou mais ficar jogando cabelo à favor do vento, só para criar clímax. Não vale mais a pena, insistir neste carnaval favorável, cheio de sorrisos e malícia nua e crua. Os tais joguinhos de sedução não se fazem necessários para sair de algumas situações, os ombros de desprezo, não são mais inclinados para trás. Já não se despreza quem amou. A parte de se recalcar com o tal passado, com as músicas, com Carpinejar ladeado da sua poesia. Aliás, sou confessada apaixonada pela poesia, amo dizer que a dor não presta, a felicidade sim. Vira e mexe, me pego pensando o que tanto a vida fez para que eu tivesse sofrido tantas mudanças. Acordo, penso, ando, subo escadas, olho para o sol a pino. que começa a escaldar as minhas nostalgias. Não tenho mais o hábito de fazer pirraças, jogar certas coisas na cara, nem tampouco grito sendo gentil – muito menos sendo irônica. Aliás, estou sem tempo para mente vazia, sentimento vazio. Posso estar mentindo, quando digo que ficarei livre por mais dias, mas há alguns dias tenho tido a certeza de que o futuro é uma doçura de solidão, sem culpa vã, sentimento este que vem deslizando pelas curvas mais sutis, pelo riso mais frouxo. Não sou adepta de amar por semana, entregar meu corpo a tépidos, vadios, pequenos. Apenas quero estar comigo, mente tranquila, novos sons, sintonia com a minha respiração profunda. Porém, nunca deixo de acreditar no dia vindouro.
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Nada de mais, nada de mal.
Outro dia me perguntaram se acredito em amor a primeira vista, e categoricamente respondi: NÃO! Não que eu seja desacreditada, sarcástica, atéia e coisas do tipo. Acredito em pessoas que estão Dispostas, e tenho uma frase, que repito aos quartro ventos: Os opostos se distraem e os dispostos se atraem. Não sou o tipo de pessoa que prega verdades absolutas, inabaláveis de que felicidade eterna existe – não acredito na eternidade - mas prego o infinito, e além, como uma coisa única e absoluta. Acredito em algo divino, do tipo Deus envia alguém perfeito para nós, tampa da panela, metade da laranja, alma gêmea, como costuma designar-se. Mas, sei perfeitamente que não existe teoria de que esse alguém irá se adaptar a todas às nossas temperanças. Acima de tudo acredito na reciprocidade, porém, viver dela na minha humilde opinião não existe. Não podemos dar passos, esperando um complemento do outro lado do rio, uma resposta, um porquê, um por qual. Talvez tudo isso nos faça tentar justificar atos imprecisos, nos matando a cada dia sem a troca que a gente mesmo impôs como condição. Não devemos condicionar que um certo alguém no faça sorrir, é mais satisfatório ir sorrindo aos poucos, mesmo depois de tudo estar ao contrário. Vamos parar com aquela ilusão de que uma força externa nos faça acreditar no nosso potencial, vamos ter sempre em mente, que essa tal força vem dos nossos pensamentos, e que acima de tudo, eles sejam os melhores. Acredito em amizades verdadeiras, poucos, mas de uma qualidade incontestável, principalmente quando elas são reveladas num abraço repleto de amor, sorrisos, e nos olharemos que nos tornam vulneráveis.Nunca tive planos de casar na igreja, e coisa e tal, sempre disse: 'Quero juntar as escovas' e isso já está de bom tamanho. Mas, a vida muda, e os pensamentos também, ainda mais quando estou rodeada de Amigas - Mães que todos os dias são abençoadas, apesar de saber que elas enfretam dias puxados, mas são felizes. Acima de tudo isso, creio em duas pessoas que aprendem as manias um do outro, os caminhos dos pensamentos, e tornam isso uma missão diária, e "simples" de ser realizada. Dúvido dos limites, dessas linhas abstratas horizontais que nos cercam. Acredito no tempo, vento, e naquela vontade enorme que horizonte nem um consegue abranger. Desconfio completamente de pessoas que me dizem: você não vai conseguir. Mal eles sabem, que acredito tanto em mim, que nada do que eles possam dizer me fará pensar o contrário. Amo a paixão, e por isso acredito nela, e chamo isso de um dia de sorte, onde você pode sorrir para alguém que irá sorrir de volta. Mas, no final de tudo isso continuo não acreditando em amor a primeira vista, mas acredito no amor desde que o vi.
Um outro dia, um outro lugar.
Algumas, muitas pessoas me tacham de louca – Tudo beeeem, não é lá grande novidade. Algumas insistem em dizer que faço muitas coisas por puro capricho, impulso, que sou uma bobona de largar algumas coisas na minha vida por vontade momentânea. Aliás, eu já entendi, que a maioria das pessoas tendem a querer nessas horas entender mais da minha vida do que eu mesma, querem dar conselhos, opiniões, criticas e se acham no direito de se fazerem Pós Doutoras do mundo, que só para lembrar: não é delas. Esse é, talvez um dos principais motivos dessa minha fuga tresloucada, desenfreada, já que preferem denominar rebeldia. Estou querendo o meu eu comprimido para o espaço que convivo. Estou em um momento de faxina total, tirando a poeira e tudo que me causa alergia, e sempre almejando paredes brancas e limpas que me tragam paz.
"Me afastando de tudo que me atrasa, me engana, me segura e me retém."
"Me afastando de tudo que me atrasa, me engana, me segura e me retém."
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Ah, Chico, como me fazes levitar!
Sambar as letras de Chico Buarque é algo muito possível para mim.Repito essa frase todos os dias, quando subitamente me afogo em goles de lembranças e lanço todas minhas certezas para o alto. "Hoje eu tenho apenas uma pedra no meu peito. Exijo respeito. Não sou mais um sonhador."¹ E é neste momento que as lágrimas desprezam o bom senso e bons modos. Ah Chico, como me fazes sentir: amplitude na alma, companhia na multidão.
Ainda guardo na manga a desistência de planejamentos e remexo todas as trilhas. Sempre sei por onde começo, e sei onde quero chegar. Porém, o que encontrarei até lá é que não dá pra precisar, mas digo, é preciso ter um bocado de fé no bolso que o resto a gente carrega no sorriso.
1- Samba Do Grande Amor - Chico Buarque
Tudo que é meu!
Não se começa a escrever uma história sem saber o fim. Acredito que nem um de nós faz uma mala de lembranças sem saber o destino do coração. Não jogamos na loteria sem saber das possibilidades de nossa sorte. Não chegamos a lugar nenhum sem dar o primeiro passo, seja direito, esquerdo, com azar ou dúvidas. Acumulo certezas das minhas teorias abarrotadas, certificando-me dos motivos para tanto irrealismo dessa minha imaginação meio malandra.
No meio do caminho vem o acaso, e é dai a surpresa, o que muda nossos planos temporariamente e faz a gente crer na reviravolta do destino.
Todo dia revejo como plano estratégico as mudanças irresistíveis ao sabor do vento dessa vida que tratei por tanto tempo a miúde.
Eis o meu quilate...
Escorpiana, sensível, vaidosa, perdigueira assumida, amável. Vivo em bando, camuflada e fazendo festa. Gosto é de contar histórias, voltar nelas - reviver o que nem vivi. Gosto de sorrisos, Viagens, Vinhos, José Cuervo (TEQUILA), conversas, HaldenBoy(Sobremesa). Me entrego MESMO, porém olhando para frente, mas nem sempre foi assim. Sonhos? Os mais simples e clichês, por incrível que pareça: casamento, filhos, realização profissional. Jornalista, metida a Blogueira, porém, a espera de realizar mais sonhos profissionais. Vivendo cada dia com toda a sua intensidade e verdade.
Bem Perto.
"Closer" é uma atípica história de um retângulo amoroso, e não de um triângulo, como eu e todos os que assistem filmes, estão acostumados a ver. Esse post poderia se chamar "Por que Closer é um filme que guardo no coração", mas não, chama-se "Bem perto". Não apenas por motivos óbvios relacionados ao nome, mas porque acrdito que para um filme nos tocar, ele precisa ter proximidade, seja com nossa história, com o que já sentimos, com nossos anseios ou com nossos interesses. Chegou perto, gamei.
Quero deixar bem claro, que “Closer”, definitivamente, não é o tipo de filme leve, romântico e sem impacto, daqueles que você assiste com seu namorado fazendo juras de amor. Isso porque, diferente da maioria dos filmes do gênero, não é um filme de amor, e sim um filme sobre o amor. E a forma mais cruel dele, pois retrata as reviravoltas que um relacionamento tem, suas dúvidas, seus medos e (principalmente) desejos ocultos, e é preciso muita racionalidade para aceitar tal verdade.
Desconheço alguém que não curtiu "Closer" - e confesso que tal fato ainda me surpreende, afinal não acho um filme "gostável" por qualquer tipo de pessoa. Tanto é que não chega a ser um dos meus filmes favoritos, mas eis esse post pra mostrar o quanto ele chegou perto. O que me pegou de jeito em "Closer", ademais todas as razões racionais para se gostar do filme, foram os diálogos.
Tudo bem, são diálogos de impacto feitos para serem diálogos de impacto; tudo bem, isso faz com que os diálogos sejam, de certo modo, parte de um mundo alternativo; mas, tudo bem. O que importa é você estar assistindo a um filme e de repente - 'BUM' - meia dúzia de palavras em forma daquelas verdades que você já sabe, mas nunca encarou tão explicitamente. Quase um princípio. Quase um 'dejá vu'. E deixo bem claro, que eu me apego a esse tipo de besteira num filme, porque sou de longe uma das pessoas mais fáceis de impressionar com palavras. (É um perigo e não recomendo).
Seguem as minhas preferidas - são muitas! - e que ao menos uma delas sirva de soco, de afago ou de grito. De vez em quando é bom.
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