segunda-feira, 23 de agosto de 2010

- AMÉLIE POULAIN -



É simplesmente o melhor filme que vi este ano. O tipo de filme que mexe com o espectador, que o faz se sentir bem, com vontade de ajudar o próximo, de amar sem esperar receber nada em troca, enfim, de viver em paz consigo mesmo.

Amélie Poulain é uma fábula. Compre esta ideia antes de ver o filme, e você desfrutará de 2 horas de pura magia cinematográfica. A música é parte do encanto do filme. Combina acordeom com sons lúdicos, que ajudam a transpor a magia do conto de fadas para além da visão. A fotografia é colorida com tons pastéis fortes, pouco vistos no cinema. A liberdade com o visual permite que se utilize desde recursos de videoclipe até mesmo computação gráfica, sem que isso estrague o filme (é uma fábula, lembram?). Quem for pensando que é mais um daqueles filmes franceses chatos, desista. Quem for acostumado aos padrões de beleza hollywoodianos, com certeza vai estranhar este filme. Os personagens são pessoas como as que se vê nas ruas. Isso ajuda a criar um clima de cumplicidade, e, aliado à brilhante interpretação de todos eles, o filme consegue torná-los especiais e memoráveis.

Por falar em memorável, há cenas de pura contemplação que, com certeza, seriam eliminadas de um filme norte-americano. Ouvir Edith Piaf ecoando nas paredes do metrô foi delicioso, assim como subir as escadarias do parque, seguindo as pistas de Amélie. Mas o momento que define o filme, na minha opinião, é quando a personagem principal faz um pequeno tour com um ceguinho na rua. Aquilo me encantou sobremaneira que fiquei em casa com a alma lavada, com a crença de que no mundo ainda existem pessoas que se preocupam com as outras. Digo isso não pensando na personagem Amélie, e sim, em todos que fizeram este filme. Pessoas que se preocupam com a mensagem que é passada nos momentos de lazer.

A atriz Audrey Tautou está excelente, e merecia um Oscar (o filme ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro). Seu olhar, suas caras e bocas, seu jeito de falar, ela é simplesmente cativante (a alma do filme!) e nos faz acreditar que ali estamos vendo uma pessoa de alma pura!

A música também é especialíssima. Composta por Yann Tiersen, usa com maestria a tradicional "marca sonora" francesa: o acordeon, lindamente misturado com violinos e sons lúdicos e inusitados, como uma caixinha de música, um xilofone e até mesmo uma máquina de escrever.

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